Eu não sei como você chegou aqui e qual o seu momento de vida atual. Mas sei bem que de tempos em tempos a vida se encarrega de trazer uma boa dose de conflitos para todo mundo! Talvez você esteja passando por uma crise, ou conflito neste momento! Mas fica aqui comigo até o final que eu vou compartilhar alguns exercícios simples que podem te ajudar a entender seu conflitos e assim, trilhar o caminho rumo à sua felicidade!

Os conflitos podem acabar com sua energia, sua saúde mental e emocional, podem acabar com relacionamentos e desgastar muito a relação com família e trabalho. E longe de mim usar clichês como “todo conflito vai te ensinar algo, que todo conflito vai te ajudar a crescer, a sair da sua zona de conforto, que foi você quem atraiu isto ou até que é seu Karma”. Pois assim eu nego a sua dor e o processo difícil que você está atravessando e reforço que você precisa do conflito, do confronto, já que você é incapaz de crescer pelo amor e pela vontade própria!

E eu trabalho muito com meus alunos de Kundalini Yoga e com meus clientes de terapia que eles podem sim crescer e se desenvolver se sentindo bem e felizes! Vamos acabar com essa história de aprender pela dor e valorizar a parte gostosa da vida! Aprendendo com prazer!

Talvez algum dia a gente viva sem conflitos e sem dor, mas por enquanto, pessoas diferentes vão arrumar conflitos dos mais variados. De futebol, cor de camisa, religião, política. Você não precisa sempre aprender uma lição profunda e maravilhosa com os seus próprios conflitos e os conflitos que atrai em sua vida, mas você pode aprender a resolver conflitos para ter uma vida mais organizada, consistente, leve e feliz.

Entendendo o que é um conflito

Antes de tudo, vamos entender o que é conflito para que você possa reconhecer com facilidade os seus próprios conflitos. Entender quando o seu conflito é interno, familiar ou de gerações, de valores pessoais, de relacionamentos, entre outros. Assim você consegue definir e resolver os conflitos mais rápido!

De acordo com o dicionário Michaelis, o conflito é:

” Falta de entendimento grave ou oposição violenta entre duas ou mais partes.

Encontro de coisas que se opõem ou divergem.”

Então tente pensar em seus conflitos como falta de entendimento. Falta de entendimento sua sobre o quadro todo, sua da visão do outro, do ponto de vista do outro. Uma falta de entendimento e respeito do outro com você e vice-versa, e até mesmo de você com os seus desejos mais profundos!

Conflitos em sua vida

Para que fiquei mais claro, vamos a alguns exemplos práticos!

Você tem dificuldades em alinhar os seus desejos e sentimentos com a razão? Reprime seus impulsos pois pensa demais e tem medo dos resultados? Pois isso é um conflito!

Tem dificuldade de tomar decisões em sua vida pois pensa demais no que os outros vão pensar de você? Assim, também é um conflito!

Você quer e precisa dar limite para outra pessoa, mas tem dificuldade para dar este limite? Tem medo de como a pessoa vai reagir? Também é um conflito!

Quero, mas não consigo. Gosto, mas não posso. Preciso, mas não mereço. Gostaria, mas é caro demais. Quero aprender, mas não tenho talento. Adoro esta comida, mas engorda. Quero um parceiro, mas não consigo confiar e me entregar.

Já pensou se você conseguisse ser você? Sem medo, sem dor, sem vergonha, sem se preocupar com opinião de outras pessoas? Sendo aceito do jeito que você é? E o melhor, se aceitando do jeito que você é? Será que assim você teria mais felicidade em sua vida?

Antes de tudo, quem é você de verdade?

Meditação no Yoga Real

Antes de pensar no seu conflito atual, no seu último conflito ou se você for ansioso demais, no seu próximo conflito, eu quero te convidar a entender algo que para mim é crucial na hora de analisar os conflitos. Entender de onde veio o seu conflito básico, raiz, que influencia em todos os demais conflitos da sua vida!

Hoje você tem uma ideia pequena de quem você é. O que você come. Como você se veste. O seu trabalho. Os seus estudos. O que você assiste no Netflix. E você acredita que você esteja sendo autêntico com você. Mas pensa aqui comigo, E SE você não estiver sendo tão autêntico com você?

Quem você é de verdade? O que você realizou até hoje e o que ainda quer conquistar/realizar em sua vida? Você está feliz com a sua vida atual? A sua vida é uma vida que vale à pena ser vivida? Você sabe o que te traz felicidade na sua vida?

A sua formação enquanto ser humano

Você já pensou como você se tornou quem você é hoje? E se sim, você está feliz com quem você é hoje? Se prepara para ler um clichê, mas a criança que você foi com 10 anos de idade sentiria orgulho de você? Do adulto que você virou? Ou se sentiria traída?

Você lembra quem foram os seus primeiros professores? Quem te ensinou a andar, falar, se expressar, se relacionar com o mundo? Isso mesmo! SEUS PAIS!

E não foi muito o que eles falavam que te moldou. Foi o exemplo que eles te deram. Como eles relacionavam entre eles, como eles lidavam com dinheiro, com trabalho, com amigos, com viagens, com familiares e com você. Você aprendeu com seus pais a honrar e repetir hábitos da família, estilo de vida, maneira de se relacionar, de conversar, de ser.

E quando você é criança, os pais dizem muitos não e poucos sim. Você quer algo, recebe um não. Não pode, não deve, isto não é para menina, isto não coisa de menino. Muito novo para isso, muito velho para aquilo. Isso é pecado. Não pode colocar a mão aí. Isto é errado. E algumas vezes isso vinha até com certa violência. Não intencional, mas que invadiu o seu espaço sagrado.

E com cada não, cada limite, cada discussão, cada podada nas suas asinhas, você foi desanimando, murchando, desistindo de ser você, e foi aprendendo a ser o que esperam de você!

Se você desobedecesse ou fizesse algo que seus pais consideravam errado, era castigado. Mas ao mesmo tempo, se você fizesse o que esperavam de você, você recebia carinho, presentes. E assim, você aprendeu a se relacionar no mundo! Recolhido, tímido, sem vontades, sem desejos, sem ambição, se contentando com pouco, pois assim, ninguém briga com você!

Nasce aí um gigantesco conflito

E aí vem este GIGANTESCO CONFLITO que pode te assombrar o resto da sua vida caso você não o resolva! O que você quer para sua vida e o que seus pais e a sociedade esperam de você!

Se você não resolver bem este conflito, você pode acabar atraindo pessoas e situações que vão trazer este conflito de novo, de novo e de novo até que você o resolva! É muito difícil conseguir os dois ao mesmo tempo (para não falar que é impossível, vamos dizer que é bem improvável).

Então o que você está esperando para viver a sua vida? Para ser feliz?

O que você quer para sua vida e o que seus pais querem para a sua vida?

Você está levando a vida da maneira que você quer e merece? Está feliz de verdade? Ou está tentando preencher as expectativas dos seus pais? Tentando ser perfeito, mostrar que é o melhor para agradar os pais?

“Ah, Heitor! Mas eu não faço isso para agradar meus pais! Faço para agradar meu marido/chefe/amiga…”

Ok! Tudo bem! Mas onde você aprendeu que precisa agradar e fazer o que o outro quer para ser aceito, querido, valorizado? Com os pais, ainda na sua infância!

E não tem jeito de agradar todo mundo. Nem Jesus conseguiu! O melhor que você pode fazer POR VOCÊ neste momento é aprender a agradar à você! Agradar sua criança interior. Honrar o que você sente, o que você quer! Você pode até tentar agradar a todo mundo, mas vai se frustrar e vai decepcionar o outro!

Quando você está feliz e bem resolvido com você, as pessoas ao seu redor sentem essa felicidade, e você se torna uma pessoa agradável, um exemplo. E quando você está estagnado e murcho, você mesmo se esconde dentro das suas próprias inseguranças e não se permite sair desta concha!

Uma pergunta simples para você

Heitor

Eu, Heitor, tenho feito uma pergunta muito simples para meus alunos de Yoga e clientes que fazem terapia comigo:

  • O que você gosta de comer?

E não existe resposta certa! Mas é impressionante como os adultos demoram a responder. E quando respondem, levantam os ombros e falam algo tipo arroz, feijão, batata. No máximo um macarrão ou lasanha! E eu falo: Isso é o que você come todo dia! O que você come que é especial para você?

E para mim, não importa o que a pessoa come. O que importa é como ela responde!

E é impressionante como adultos tem dificuldade de responder! De falar e expressar o que eles gostam! Pois isso não foi valorizado pelos pais, nem pela escola, nem pelas religiões de um modo geral! Assim, o adulto não aprendeu a valorizar o que ele gosta. Aprendeu a obedecer, a comer o que tem, a fazer o que deve, o que consegue.

E aí eu pergunto: Em qual momento você deixou de valorizar as coisas que você REALMENTE GOSTA? Que te dão prazer? Coisas que te deixam com olhos brilhando? Que te fazem feliz?

A espontaneidade de uma criança

Se eu fizer a mesma pergunta para uma criança, o que ela gosta de comer, ela responde na hora e ainda vai ser muito específica:

  • “Gosto de cachorro quente com batata palha, milho e ketchup do trailer da esquina da casa do meu avô pois eu só posso comer no domingo, quando minha mãe deixa”.
  • “Eu gosto muito da pizza que meu pai pede de tal pizzaria”.
  • “Gosto de hambúrguer quando minha mãe me leva para passear no shopping”
  • “Eu gosto do sorvete da sorveteria da praça que meus pais me levam”
  • “Adoro quando minha avó cozinha aquela sobremesa de natal”
  • “Eu gosto de tal marca de chocolate”

E vendo a facilidade das crianças responderem o que gostam, e ao mesmo tempo, a dificuldade dos adultos, eu comecei a perguntar para meus alunos e clientes:

E em qual momento você desistiu de você? Deixou de lutar pelo que quer e acredita e começou a viver a vida que outras pessoas esperam de você? Perdeu esta inocência, curiosidade e espontaneidade que toda criança tem? E por último, o que você pode fazer HOJE para resgatar esta espontaneidade, felicidade, curiosidade?

Exercício 1 – Responda para você: O que você gosta de comer?

Este é o primeiro exercício que eu vou propor aqui! E é uma das perguntas que eu sempre faço para meus clientes de terapia! Mas não fica só lendo e respondendo mentalmente não. Para que você possa ter mais clareza vai ser melhor você pegar um papel e caneta e anotar! Assim fica mais fácil para você visualizar! Faça este exercício POR VOCÊ!

Então faça esta pergunta para você mesmo! Qual a sua comida favorita? Aquela que traz junto uma memória emocional! Que te faz sentir que ao comer, aquele é um momento especial!

Quer um exemplo? Eu adoro tomar açaí. Mas eu não tomo açaí todo dia, nem toda semana. Vez ou outra eu paro minha rotina, e me sento para tomar um açaí. É quase um ritual. É o momento de relaxar, de tomar algo que eu adoro, que eu tomo a mais de 18 anos. Principalmente quando algo mexe com meu emocional ou tem um desgaste grande de trabalho e eu preciso de algo rápido para voltar ao equilíbrio. Eu paro, sento, relaxo e tomo um açaí! É o meu momento! Só para mim!

Mas não para com esta resposta não! Qual roupa te faz se sentir especial? Que você realmente gosta de vestir! Qual o seu destino dos sonhos para tirar férias? Que você tem desejo de conhecer mas que ainda não se permitiu conhecer? Quais bandas e estilos musicais você ama? Quais filmes ou séries você adora ver? Com quem você gosta de ver estes filmes e séries? Qual tipo de pessoa você valoriza estar perto e quer se relacionar?

O que faz a sua vida valer à pena? É importante você responder estas perguntas!

ANOTA TUDO!!! Vai ficar muito mais fácil tomar decisões sabendo o que você quer e gosta!

Ok! Mas e agora?

Agora é que vem a parte difícil! Saber o que quer e o que gosta já é difícil, comunicar isso com outra pessoa mais ainda, mas pulo do gato mesmo é quando você se permite realizar o que gosta mesmo quando o outro não aprova. O ‘outro’ pode ser os pais, família, escola, religião.

Mas cuidado com relacionamentos afetivos e no trabalho! Em um relacionamento afetivo é essencial ter uma boa comunicação e deixar claro que aquilo é muito importante para você e aí você pede apoio para realizar! Mas esteja aberto para entender o lado do parceiro para que você possa tomar a decisão correta para o momento! Às vezes é necessário dar mais valor ao compromisso que você tem com o parceiro do que vontades e desejos que talvez sejam passageiros.

Enquanto em ambientes de trabalho, você precisa saber se expressar e também pedir apoio! Afinal de contas você tem um chefe que tem a própria mentalidade e expectativas sobre o seu trabalho e resultado! Também fique atento às opiniões do seus chefes e saiba propor novidades, mas desde que mostre resultados!

Outro passo importante que ensino nas aulas de Kundalini Yoga é aprender a reconhecer como o seu corpo reage no conflito, no estresse, na pressão. Escute o seu corpo! Se você está na dúvida e racionalizando demais, volta para o corpo! A razão encontra desculpas para você permanecer no conflito ou aumenta o conflito! Mas o corpo não mente! A mente analisa as situações em detalhes para entender o que está acontecendo, mas ela também pode analisar o seu corpo! A respiração está acelerada? Sente algum desconforto na barriga? De repente seu corpo está dando a dica de qual decisão tomar no momento do conflito! Pare de dizer sim quando quer dizer não e vice-versa!

O seu conflito como caminho para sua felicidade!

A princípio, o que converso com meus clientes no começo de um processo terapêutico é que é importante entender este histórico familiar, este conflito inicial, se permitir esta libertação. Para que aí a gente caminhe devagar, passo a passo, juntos para que eu possa dar o apoio necessário, para entender outros conflitos maiores e mais complexos!

É muito importante você ter um professor ou terapeuta para te dar apoio emocional e te ajudar a observar algumas situações de um lugar neutro. Foi importante para mim no meu processo, ainda é importante e eu sigo me cuidando, e eu ofereço sempre este acolhimento aos clientes.

Se você já se respondeu as perguntas em cima. Comece a responder estas próximas perguntas agora:

Exercício 2 – Responder perguntas

Então agora que chegou até aqui, vamos aprofundar um pouco mais para resgatar esta criança interior e toda a felicidade que ela tem!

Novamente pegue papel e caneta e responda:

  • Como foi a sua relação enquanto criança, com o seu pai?
  • O que você sente que faltou ou que poderia ter sido diferente e poderia ter te ajudado?
  • Como foi a sua enquanto criança, com a sua mãe?
  • O que você sente que faltou ou que poderia ter sido diferente e poderia ter te ajudado?
  • Como é a sua relação com seus pais hoje?
  • Você está feliz com o seu relacionamento afetivo atual? Se está solteiro, está feliz com a qualidade dos últimos relacionamentos que teve?
  • Você está feliz com o seu rendimento no seu trabalho? Com o seu salário? Acha que está usando o seu potencial?
  • Qual área da sua vida hoje te traz mais inseguranças e infelicidade?
  • O que você pode fazer hoje para mudar?
  • Qual área da sua vida ou quais atividades você sente que podem te ajudar a ter mais felicidade?
  • O que você pode fazer hoje para incluir esta felicidade em sua vida?
  • Com os insights que teve, te pergunto: Qual o seu objetivo ou onde pretende chegar no próximo mês, ano, 10 anos?

Conclusão

Para que você possa ter uma vida mais feliz, vai precisar atravessar os seus conflitos, anotando no papel pode ter mais clareza de como agir! Mas para ir mais rápido ainda, tenha um professor, um terapeuta! Tente entender os seus conflitos e de onde eles vem. Entenda o lado de outras pessoas, mesmo que não concorde.

Então o conflito pode sim te mostrar coisas que você não estava vendo com clareza! Pode te mostrar pontos cegos! E por mais doloroso que seja, ele pode te mostrar a insatisfação que você está com a sua vida e como você precisa URGENTE fazer uma mudança em seus hábitos, em seus hobbies! E incluir em sua rotina atividades e hábitos que vão te fazer feliz!

Vai aprender a tocar um instrumento musical, dançar, pintar, cozinhar. Talvez estudar uma língua nova. Vai descobrir o que te faz feliz!

É assim que ajudo meus clientes nas sessões e assim também poderia te ajudar a mapear e organizar a sua vida! A ter mais clareza do que está acontecendo agora e a mapear aonde você quer chegar! Traçamos objetivos e vamos acompanhando os resultados!

Se quiser saber mais sobre o processo terapêutico que desenvolvo, pode ler um pouco mais sobre o Projeto Semente ou me manda uma mensagem aqui que eu te respondo: